13 junho, 2008

O discurso de Cavaco Silva no DIA da RAÇA – 10 de Junho 2008

Dizem que o nosso Presidente cometeu uma Gaffe quando, referindo-se ao Dia de Portugal de Camões e das Comunidades, utilizou a expressão DIA da Raça.

Na minha modesta opinião, (para que servem os Blogs), Cavaco Silva não se enganou, mas sim, possivelmente por instinto, saíu-lhe a frase que mais resumia o que ele sentia dos Portugueses como povo, como Raça.

Senão, reparem na transcrição abaixo, do seu discurso nesse dia:

“ Há, no entanto, outro tipo de recursos que, porventura, não estaremos a utilizar tão bem como deveríamos.
No decorrer das viagens que fiz como Presidente da República e dos contactos internacionais que venho mantendo com quem nos visita, tenho verificado que a ideia de um Portugal que foi à aventura e se cruzou com gentes e culturas as mais diversas, longe de ser uma lembrança que já se esfumou no tempo, é, pelo contrário, uma imagem constante, que permanece viva.
Da Europa aos Estados Unidos, da Índia ao Brasil, de Moçambique aos vários Estados do Médio Oriente, perduram não apenas vestígios materiais e espirituais da nossa presença nessas terras, mas, acima de tudo, um reconhecimento generalizado pela capacidade que temos de nos integrar e, ao mesmo tempo, de nos abrir aos outros.
Esse universalismo, que se tomou a nossa verdadeira imagem de marca, encontra-se alicerçado na História.
Portugal não se limitou a andar pelo mundo e a conhecer vagamente outros povos com quem se defrontou ou negociou.
Portugal entendeu-se e misturou-se realmente com os outros, criou raízes fora de casa, lançou as bases para novas nações e pontes para o diálogo internacional que hoje tanto reivindicamos.
Mas o universalismo português é ainda, na actualidade, um facto bem visível. Um universalismo como aquele de que fala Eduardo Lourenço, quando nos diz “O Universal não é um espaço, é a universalidade do olhar que o pensa”.
Aliás, seria estranho que uma experiência tão vasta e tão prolongada de vivência universalista não tivesse deixado marcas na nossa maneira de ser, de estar e de ver o mundo.” Fim de citação.

Perante isto, na realidade somos únicos como povo de mistura de várias raças e gentes, a nossa maneira de guerrear é combate-los e dormir com eles e na nossa condescendencia e analise critica e humana, de seculos de experiência, construir com o inimigo e depois faze-lo parte de nós.

Nós os portugueses somos uma Raça própria. Ao Senhor Presidente fugiu-lhe a boca para a verdade.

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