24 dezembro, 2006

Vespera de Natal 2006





Estou naquele momento de pausa nos intermináveis arranjos de preparação do almoço de amanhã. Desta vez é em minha casa. Duas da tarde. Um Sol que me entra pela janela da sala e me aquece a cara recordando os dias de praia que só nesta cidade de Lisboa se gozam. Vejo o meu rio e o Bugio e ouço um CD de piano do meu primo Bernardo Sassetti. Um whisky e os meus Pensieris.
Penso na família longe e na família perto. Nos meus filhos mais novos longe com a mãe e no Bernardo aqui ao lado entusiasmado com o piano que lhe ofereci. Tem um dom para compor no piano que me espanta. Os amigos longe que felizmente não desistem de mim.
Nada a fazer. O sentimentalismo é como o amor. Com o Sol na cara e o concerto do meu primo a aquecer o nosso interior. Se o Sol for uma mulher a combinação é perfeita. A mesa está bonita para uma casa de homens. Uma toalha de mesa de seda trabalhada que comprei na India. Não sei se é toalha se é colcha. Amanhã pergunto à minha irmã.
Para vocês que possivelmente me vão ler, esta conversa é comum nesta época. O Amor, o sentimento, a famíla, o dar com sentimento sentindo aquele nó na garganta que quase nos faz chorar, o receber. O perdão.

É Natal

Bernardo

25 setembro, 2006

O reencontro

Estou naquele momento único anual no fim do dia de anos. Desde que me conheco, 14 , 15 anos , que inesplicavelmente tenho o momento do reencontro no dia dos meus anos. Será que sou o único ?. O dia passa com os sms, telefonemas, festejos mas sempre, todos os anos me encontro num momento único so comigo proprio em que me observo para tras e antevejo os futuros que se me apresentam. Chego a janela e observo o ceu estrelado e revejo o Carl Sagam e a nossa pequenez no universo, as civilizacoes que floesceram e desapareceram sem deixar rasto em milhoes de anos neste planeta. Vejam este site.

O que sou eu? A centesima milionesima parte do pixel ? Nada ?. Na relidade nós os humanos temos duas componentes que no fazem, que nos impulsionam para a frente. A nossa componente animal que nos faz olhar para as nossa geracoes passadas e nos enquadra no desejo inconsciente de preservar o bem estar dos nossos filhos e aquela, única na raca humana que nos leva a fazer a provocar mudancas, evoluções que contribuem para o avanço ou retrocesso da humanidade, que nos dão a autosatisfação de nos termos suplantado a nos proprios. Só porque nos faz sentir bem. O sentir bem tanto pode ser altruisticamente por termos proporcionado o bem a outros ou por termos atingido um objectivo a que nos proposemos. Nesta dualidade se encontram os diferentes humanos. Uns com mais componente da primeira do que a segunda e outros mais com a segunda do que a primeira e outros conjugando as duas.

25 agosto, 2006

Dia da Mulher

Caras amigas
Não quero deixar passar este dia tão especial para todas as mulheres, para transmitir a todas as minhas amigas estes pensamentos de ocasião.
Vocês mulheres são a inveja dos homens
Vocês conseguem SER fortes quando por dentro estão fracas
Vocês encontram o detalhe onde nós os homens, por mais que tentemos, não encontramos
Vocês com esse detalhe, conseguem olhar dentro de nós de uma forma que nós, por desleixo ou feitio e para vosso desespero, não conseguimos nem olhar dentro de nós nem de vocês.
O vosso espírito de sacrifício e de entrega quando amam está no campo oposto do nosso egoísmo
Mas se nós fossemos como vocês, não nos completariamos como é o nosso destino comum
Bom Dia

DIA DA MÃE

Neste dia da mãe, aqui vão umas palavras para as minhas amigas mães e filhas:

Estava na praia no fim de semana passado e reparei numa cena comum nesse local. Uma mãe a brincar a beira mar com a filha de cerca de 1 ano.

Hà 3 dias num funeral da mãe de uma minha funcionária, senhora idosa de 90 anos, e enquanto assistia a omilia, nesses momentos em que, estou certo não ser o único a quem isso acontece, a minha mente navega em momentos de reflexão ao som das cadenciadas palavras do padre, veio-me ao pensamento a imagem da outra mãe. Que S. Mateus me desculpe.

Que diferença de sentimentos mãe filha existem entre aqueles dois momentos. No fundo no fundo, nenhuma diferênça. A união mãe filho é universal. Está para além de qualquer atitude consciente, é genético, começa no princípio, no ventre materno, e pela dor da minha colega e pela minha que já passei pela mesma situação, não acaba. Uma amiga rcentemente dizia-me a propósito de nada, que cada vez mais se encontrava a dizer à filha as mesmas palavras que a mãe dela lhe dizia anos atrás e que isso a irritava profundamente. Não há que ir contra o destino. Essas palavras são as mesmas desde o início da humanidade. E se os animais falassem, diriam também as mesmas coisas, os mesmos conselhos. Mãe, não há dúvida, há só uma mas no fundo fundo, todas têm um mesmo sentimento que inexplicavelmente as torna únicas para o seu filho.

Para o filho, a mãe está sempre presente, consciente ou inconscientemente. Eu acredito que mesmo nas situações mais complicadas, a ligação umbilical no início nunca se quebra até ao fim, pois em situações extremas, de vida ou morte, onde conscientemente se pensaria já não existir, ela surge em força e quase sempre da parte da mãe, com sacrificio próprio.

O amor de mãe é realmente qulquer coisa de extraordinário.

Desculpem-me se não consegui expressar tudo o que penso de vocês como mães, hoje não me sinto muito criativo, é que eu nunca fui mãe, só consegui ser filho ... da mãe

24 agosto, 2006

O QUE SOMOS

"Se levarmos a vida sempre num crescendo, quando morrer-mos estaremos sempre no topo de tudo o que fizemos e conseguimos".

Enviei isto a um grupo de amigos juntamente com um Power Point, daqueles que recebemos às dezenas por dia. Este relatava a história de uma idosa de 80 anos que se inscreveu numa Universidade. A senhora faleceu uma semana depois de terminar o curso.
Demonstrava exactamente que nunca deveremos parar e que deveremos sempre construir ao longo da vida.

Quando enviei, comentei que "Este é bom para o regresso de férias" dando a ideia que em férias paramos. Na realidade é nas férias que nos surgem as ideias e potenciais decisões mais estranhas, agressivas, "out of the box". Nem todas podem ser implementadas mas a força interior que está dentro de nós, nuns mais do que noutros, é que nos leva a arriscar ou não nesta ou naquela ideia "out of the box".
Há os que têm as ideias sentados na esplanada com 1, 2, 3, 4 etc cervejas, e elas vão e vêm, as ideias e as cervejas, como as ondas na praia.
Outros amadurecem calmamente a mudança, assumem que no regresso vão mudar, e depois perante a realidade da "box" diária, nada muda nada evolui.
Outros ainda sentem a gota de água que faz transbordar o copo e tomam logo a decisão da mudança.
É nas férias que todos os condicionamentos, compromissos, envolvimentos da nossa vida estão mais presentes, e é nessas alturas que a gota de àgua pode provocar a mudança de direcção na nossa vida