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A afirmação é enganadora. Se se refere a redução de gastos na saude em % do PIB, é natural que tenham descido pois o PIB subiu nos 4 primeiros anos 2005 a 2009 . PORDATA https://www.pordata.pt/Portugal/ Despesa+corrente+em+cuidados+de+sa%C3%BAde+em+percentagem+do+PIB-610
Se se refere a valores absolutos, esses valores subiram não desceram. PORDATA https://www.pordata.pt/Portugal/Despesa+corrente+em+cuidados+de+sa%C3%BAde-3010
De qualquer maneira nunca ouvi a direita falar em reduzir a despesa e sim em gerir melhor.
Durante os 3 primeiros anos do Passos, por imposição da troika, os valores absolutos desceram mas começaram a subir no final do governo 2013 com o começo do crescimento do país.
Quanto à afirmação de que o SNS cumpriu durante a pandemia, é discutível pois as milhares de consultas e cirurgias adiadas de doentes não covid com as consequentes mortes, são números que não podem ser escondidos. Só por ideologia política desta ministra do PCP e apoio do A Costa é que perante a crise pandémica não foi negociado com os hospitais privados o encaminhamento destes doentes mas antes foram os hospitais públicos a receber indicações do ministério para suspenderem consultas e darem toda a prioridade ao covid sem lhes dar alternativa.
Os poucos acordos que se fizeram com Instituições Solidariedade Social foram uma gota de agua perante os números em causa. Além disso foi aprovada uma Lei de bases da saude que acaba com as PPP na saude onde os doentes são mais bem servidos e com menores custos.
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Sem tirar valor à reforma de 2007 que tirou os 80% da reforma com 40 anos de serviço mas que considero ter sido bem feita, não foi ela que aguentou os subsídios de desemprego. Pode ter contribuído mas o que nos safou foi o empréstimo de dinheiro da Troika pois dinheiro não havia e ninguém nos emprestava e mais dois meses não havia dinheiro para salários.
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O início não necessita de contraditório. Só o mercado e a competição conseguem a eficiência é um facto provado nas história. Nos países onde o mercado é monopólio do estado não só se perdeu a eficiência como regrediram. Todos os países onde a livre iniciativa dos cidadãos é premiada e incentivada para criação de riqueza, são os que cresceram e se desenvolveram. Isso acontece porque o controlo do estado sobre a criatividade dos cidadãos e concorrência entre eles está contra a própria natureza humana.
O controlo dos monopólios e cartéis é uma obrigação do estado com reguladores fortes e independentes. Na parte referente a Confusão: Nunca vi a direita defender ricos para um lado e pobres para outro. Ao defender a possibilidade de escolha a todos os cidadãos do estabelecimento de saude ou ensino quer frequentar com o estado a pagar resulta exactamente o contrario do que o C Campos afirma.
A situação actual é que atira os ricos ou pseudo ricos a irem a estabelecimentos privados e os mais pobres dos mais pobres tem que ir para as filas de espera do SNS.
Cada vez ha mais portugueses com seguros de saude e tendo em conta o aumento de funcionários públicos e respectivas famílias, também a ADSE cresce. Por alguma razão os portugueses preferem o privado. Aqueles que podem. Quanto ao que ele refere logo a seguir, concordo com tudo mas com menos intervenção do estado desde que as instituições reguladoras e controladoras sejam completamente independentes pois a tendência do controlo por parte de governos é também um facto histórico. A direita nação pretende acabar com o estado social. Isso são frases de campanha eleitoral de esquerda.
Aqui fica a minha modesta opinião deste artigo do Correia de Campos