Foi numa aula de Comunicação Política que este tema influenciou este artigo.
Falava-se da comunicação política nos jornais e revistas em Portugal e da sua importância como influenciadores da opinião pública.
Logicamente falou-se do Expresso, Sol, Económico, revistas como a Sábado a Visão etc. . Mas foi referido um jornal que já não existe desde os anos 80, liderado por Paulo Portas e cujos artigos provocavam a demissão de Ministros.
Fez- se luz no meu espírito à questão que me atormentava relacionada com os 33% de votos no Partido Socialista manifestados nesta última sondagem da Universidade Católica do dia 6 de Abril 2011.
Como é que é possível que:
- · Com um 1º Ministro que mente sistematicamente aos portugueses.
- · Que com as suas mentiras arrastou o País para a quase bancarrota.
- · Com os repetidos escândalos envolvendo não só pessoas ligadas ao 1º Ministro, mas também ao próprio 1º Ministro.
- · Com a corrupção generalizada e tráfico de influências ao nível dos sectores mais avançados da sociedade.
- · Com os resultados da actuação dos Socialistas nestes últimos 16 anos, com o pequeno interregno de governo do PSD.
Haver gente que ainda vota no Partido Socialista.
A verdade está na deterioração de valores na sociedade portuguesa. Somos um povo que se acomoda às realidades do dia a dia. Fomo-nos habituando a que as mentiras dos nossos governantes são normais na política.
Influenciados pelas boas representações televisivas dos actores das nossas novelas, seguidas por grande parte da nossa população, quando ouvimos um ministro falar na televisão o que ele diz só pode ser verdade, pois uma mentira muitas vezes repetida e mostrando convicção, como é o caso de José Sócrates, torna-se uma verdade.
Temos sido governados por actores cujo interesse principal é o de convencer a opinião pública dos seus interesses pessoais e partidários, independentemente da própria opinião pública e dos interesses do país.
Esse objectivo, tem sido cada vez mais fácil de atingir porque à medida que as mentiras se tornam verdades, passam a haver mais verdades a suportar mais mentiras e assim entramos numa espiral descendente nos nossos princípios e valores.
Em pouco tempo em termos históricos, a nossa consciência colectiva como povo no que respeita os valores morais e éticos que suportaram a nossa Nação, quase desapareceram.
Somos um povo que se deixou adormecer. No tempo do jornal “O Independente”, por muito menos do que se tem passado nestes últimos anos com o governo socialista, muitos ministros tinham caído.
Não consigo descortinar outra razão para ainda haver portugueses que ainda votam no Partido Socialista.
A nossa Democracia está em perigo.
Bernardo Sousa Macedo